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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Assembleia na Carpintaria



ASSEMBLEIA NA CARPINTARIA

Contam que na carpintaria houve, certa vez, uma estranha assembleia.
Foi uma reunião de ferramentas para "acertar as suas diferenças".
O MARTELO exerceu a presidência, mas os participantes lhe notificaram que teria que renunciar. A causa? Fazia demasiado barulho: e além do mais, passava todo o tempo "golpeando". O MARTELO aceitou sua culpa, mas pediu que também fosse expulso o PARAFUSO, dizendo que ele "dava muitas voltas" para conseguir algo.
Diante do ataque, o PARAFUSO concordou, mas, por sua vez, pediu a expulsão da LIXA. Dizia que ela "era muito áspera" no tratamento com os demais, entrando sempre em atritos. A LIXA acatou, com a condição de que se expulsasse o METRO, que sempre "media os outros, segundo sua medida", como se fosse o único perfeito.
Nesse momento, entrou o CARPINTEIRO! Entrou, juntou o material e iniciou o seu trabalho. Utilizou o MARTELO, a LIXA, o METRO e o PARAFUSO. Finalmente, a rústica madeira se converteu num fino móvel.
Quando a carpintaria ficou novamente só, a assembleia reativou a discussão.
Foi então que o SERROTE tomou a palavra e disse:
"Senhores, ficou demonstrado que temos defeitos, mas o carpinteiro trabalha com 'nossas qualidades', com nossos pontos valiosos. Assim, não pensemos em nossos pontos fracos, concentremo-nos em nossos pontos fortes".
A assembleia entendeu que o martelo era FORTE, o parafuso UNIA e DAVA FORÇA, a LIXA era especial para limar e AFINAR ASPEREZAS, e o metro era PRECISO e EXATO. Sentiam alegria pela oportunidade de trabalharem juntos.
Ocorre o mesmo com os seres humanos. Basta observar e comprovar. Quando uma pessoa busca defeitos em outra, a situação torna-se tensa e negativa; ao contrário, quando busca, com sinceridade, os pontos fortes dos outros, florescem as "melhores conquistas humanas".
É fácil encontrar defeitos, qualquer um pode fazê-lo.
Mas encontrar qualidades... isto é para os sábios!!!
Autor Desconhecido

Revista de Aparecida, ano 1, nº 12,
março de 2003, Ed. Santuário,
Caixa Postal 41 CEP 12570-970
Aparecida do Norte - SP
www.santuarionacional.com.br  
Fonte: http://salvemaria.sites.uol.com.br/carp.htm
Link do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=YEsaEGDa3GQ 
 
Este e outros textos para refletir. Visite o blog: http://textosmeditativos.blogspot.com/ 

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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Menino devolve bolsa encontrada ao catar latinhas na rua no interior de SP

Estamos em férias, mas a vida continua. Como reflexão para hoje, proponho que acompanhem a seguinte notícia, do site da Rede Globo (trabalhando com crianças e adolescentes ao longo destes 16 anos já presenciei muita notícia desse tipo, por isso faço questão de continuar trabalhando com eles):


Menino devolve bolsa encontrada ao catar latinhas na rua no interior de SP

Um menino de 11 anos foi motivo de orgulho para os moradores de Capela do Alto, a 136 km de São Paulo. Enquanto procurava latinhas de alumínio para vender e ajudar a família, ele encontrou uma bolsa no chão – mas não ficou com ela e a entregou para guardas municipais.

Assista ao vídeo (arquivo externo, hospedado diretamente no site da Globo):



Veja esta noticia inteira no site globo.com:
http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1438132-5605,00-MENINO+DEVOLVE+BOLSA+ENCONTRADA+AO+CATAR+LATINHAS+NA+RUA+NO+INTERIOR+DE+SP.html

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quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Danza delle ore - Dança das Horas, em italiano

Aproveitando as férias, sugiro uma ópera. 

Ópera é uma espécie de teatro, no qual os personagens são bailarinos, que contam uma história dançando - claro que ópera é algo bem mais que isso, mas assim fica mais fácil de entender.


Geralmente as óperas contam dramas. Talvez por isso há pessoas que não gostem desse tipo de música, muito comum na Itália de séculos atrás. Mas há também óperas alegres, divertidas. A "Dança das Horas" (ou "Danza delle Ore", em italiano), é uma dessas divertidas, composta por um maestro famoso na Itália do século 19, chamado Amilcare Ponchielli. Em 1940 Walt Disney usou essa ópera em seu clássico filme "Fantasia", no qual animais mostram as diversas horas do dia.

A seguir, o trecho do filme (na verdade, desenho animado) "Fantasia", usando essa ópera. O filme está dividido em duas partes (7min17seg e 4min33seg), hospedado no Youtube (caso não carregue em seu computador, fale com o responsável por ele, pois pode estar bloqueado). Os direitos autorais são dos Estúdios Walt Disney.


Bom divertimento!
Prof. João César.
Primeira parte: 7 minutos e 17 segundos - Youtube



Segunda parte: 4 minutos e 33 segundos - Youtube


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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

A arte de ser feliz

Estamos de férias. Por isso fica como sugestão a leitura de um texto que leva-nos a sonhar um pouco. É um poema de Cecília Meireles, escritora brasileira, que soube ver a vida com olhos diferentes. Exatamente como as crianças são capazes.

Boas férias. Boa leitura!

Abraços fraternais.
Professor João Cesar.


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A Arte de Ser Feliz


Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé. Na
ponta do chalé brilhava um grande ovo de louça azul. Nesse ovo
costumava pousar um pombo branco. Ora, nos dias límpidos, quando
o céu ficava da mesma cor do ovo de louça, o pombo parecia pousado
no ar. Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me
completamente feliz.


Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal. No
canal oscilava um barco. Um barco carregado de flores. Para onde
iam as flores? quem as comprava? em que jarra, em que sala, diante
de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham
criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las?
Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.


Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde
uma vasta mangueira alargava sua copa redonda. À sombra da
árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher,
cercada de crianças. E contava histórias. Eu não a podia ouvir, da
altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque
isso foi muito longe, num idioma difícil. Mas as crianças tinham tal
expressão no rosto, e às vezes faziam com as mãos arabescos tão
compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos 

e suas peripécias e me sentia completamente feliz.


Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que
parecia ser feita de giz. Perto da janela havia um jardim quase seco.
Era numa época de estiagem, da terra esfarelada,e o jardim parecia
morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde,e,
em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as
plantas. Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para
que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o
homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e
meu coração ficava completamente feliz.


Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes
encontro nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola.
Pardais que pulam o muro. Gatos que abrem e fechamos olhos,
sonhando com pardais. Borboletas brancas, duas a duas, como
refletidas no espelho no ar. Marimbondos que sempre me parecem
personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes,
um avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu
destino. Eu me sinto completamente feliz.


Mas quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante
de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que
só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é
preciso aprender a olhar, para poder vê-las
assim.



Cecília Meireles

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